terça-feira, abril 25, 2006

Soneto a Quatro Mãos















Tudo de amor que existe em mim foi dado.
Tudo que fala em mim de amor foi dito.
Do nada em mim o amor fez infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.

Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano
[.Vinícius de Moraes.]

Beijocas

5 comentários:

André disse...

mto bacana o poema... me lembrou as aulas de literatura do 2o. colegial!

R.Peterson disse...

Meu professor de literatura do cursinho sempre dizia que Vinivius de Moraes fazia parte da vida sentimental dele.
Vejo que não só a dele...

Pescador disse...

Grande Vinicius !!
adorei miuda !!
Jinhos docesss
Pescador

Anônimo disse...

Isa, o texto do poema é do Vinícius... e a bunda da foto? é tua? hahaha

Anônimo disse...

Best regards from NY! »