sábado, novembro 18, 2006

Achados e Perdidos

Andando sem destino, apenas seguindo a direção do vento você me achou e cuidou. E como todo cachorrinho sem dono, acostumei rápido e fui ficando.
Quando ameaçado de perder o porto seguro, corri até alcançar e me joguei e seus braços, dando o carinho que não dei antes.
Não tardou e você foi embora, me deixou com um pouco de comida e água. Mas sem o afago eu sai em desespero ao teu encontro, mas lhe perdi de vez
Hoje voltei ao meu estado de cachorro sem dono. E percorro as ruas a tua procura. Antes, pode ser, que outro alguém me encontre, mas mesmo assim não perderei as esperanças de achar meu verdadeiro dono.


[.E as pessoas não percebem as indiretas. Só as diretas que acham que são indiretas. Isso é confuso.]

Beijocas

terça-feira, novembro 14, 2006

Resposta não enviada


Você disse que eu corro atrás, sei que foi por brincadeira, mas não corro mais. Cansei de falar e esperar em vão, meus limites andam bem menores que antes, talvez por ter aprendido com erros e/ou fixado coisas do passado.
Aquela brincadeira não foi levada a sério, mas está valendo. Melhores amigos que foram “inimigos”, isso dá até filme, um querendo aparecer pro outro e de preferência pra tripudiar de outros. Não ligo pra nada que a criança falou aquele pra me atingir primeiro tem que crescer. Pro que você disse e torno a repetir: fique e abuse dela seja feliz e tals *aqui era pra ta outra coisa, mas tudo bem*, eu não me importo.
Pode falar, o quanto quiser, que sou safada (bem que você gostava), mas nunca fale do que não sabe (isso inclui brincadeiras). Dali foi-se meu orgulho de um dia ter tido algo com você, não faça a minha admiração sumir.
E antes de ir... cuidado pra não ficar igual a criança, ela é ótima pessoa, mas não percebe quando e o quanto machuca as pessoas que o ama (e eu não falo de mim).

Hmm, antes você sabia valorizar os sentimentos das pessoas...

[.e quando você voltar, tranque o portão, feche as janelas, apague a luz e saiba que eu te amo.]

Beijocas

quinta-feira, novembro 02, 2006

Uma madruga, uma história, um ano.

O que posso dizer é que nesse ano as coisas apenas aconteceram, nada foi calculado e nada foi tão por acaso. Apenas aconteceram, como deveria ser sempre. E no meio de toda a confusão errei, errei e errei. Acertos? Acho que existiram, mas esses foram apenas conseqüências, um tiro que saiu pela culatra.
Sem nenhum plano eu segui meu ano e sem nenhum objetivo eu realizei alguns importantes. Entre vícios e letras eu segui e consegui, errei e acertei, aprendi e quebrei a cara.
Deitei, parei, contemplei a escuridão e comecei a pensar. Vontade de escrever não tardou e aqui estou com o texto mais realista que já publiquei.

VARIAÇÕES DE UMA LOUCA DESVAIRADA
Conheci pessoas, encontrei outras e elas me encontraram. Perdi companheiros e ganhei loucos na minha vida.
Aprendi a amar, guardei parte de mim e esqueci onde coloquei. Ouvi declarações e fiz outras. Mantive meus pés no chão e viajei a lugares nunca dantes navegados. Na minha descrença acreditei demais e na minha ignorância fui privilegiada com oportunidades.
Nesse ano eu guardo a mais louca das minhas variações. Errei, assumi os meus erros e os de outrem. Aqui eu perdi, corri atrás, aprendi a desistir e esqueci. Nesse parágrafo fica a última lembrança de algo e/ou alguém que não existiu. Fica o meu passado obscuro morto, cremado e enterrado (sim eu enterrei as cinzas). ^^”
Menti, mentiram e eu cai.
Planejei coisas e as desfizeram. Ganhei outras e me tiraram. Falaram palavras bonitas e eu aceitei. Me desvendaram e ensinaram o que levaria anos pra descobrir.
Sou criança, fui mulher, sou viciada e fui amante. Desejei o mundo e nada tive. Desejei nada e as coisas aconteceram.
Movida por minhas vontades e desejos perdi o que mais queria. Na minha criança conquistei amigos. Na insanidade fui infeliz.
Conheci o céu e o inferno. E hoje, beijo Deus e ando de mãos dadas com Lúcifer. (Isso pesou, mas o que é um peido pra quem ta cagado?!).
E como o mundo não para de girar. Eu fiz coisas e não me arrependo, mas por ter continuado, o arrependimento apareceu.
Fui besta em dar exclusividade pra quem não merecia, idiota em acreditar em quem não devia e tola por confiar nas pessoas. Agora me divirto bastante com certas pessoas.
Fiz besteiras e não foram poucas. Fiz promessas e me vi andando pela casa falando: “ou meu DEUSDOZINHO do céu não faça isso comigo”, sem saber se ria ou se chorava. Desse episódio sai com um único aprendizado: “sangue de Cristo faz milagres”.
Descobri coisas que estavam dentro de mim, mas nunca tiveram a oportunidade de se mostrarem. Chorei, sorri, gritei e me aquietei. Nesse capítulo dragões eram moinhos de vento, mas por amor as causas perdidas eu faria de novo. (mudaria um pouco, mas não muito – e eu amo essa música).
Cortei o cabelo, pedi pessoas em casamento brincando e larguei conceitos que tinha. Ou posso simplesmente dizer que me auto-desafiei.
Perdi algumas bilhões de horas por causa de um jogo que me traz felicidades. Conheci pessoas que me acolheram melhor que as daqui. Chorei quando vínculos foram desfeitos e me desesperei quando quase perdi alguém por ser egoísta talvez.
Não posso esquecer das pessoas desse ano. Da mulher que eu estou morrendo de saudades. Da noite com tanjarosca e música ao vivo. Do melhor abraço do mundo e da soneca da manhã. Da cultura piauiense e da história em quadrinhos. Tem quatro pessoas que eu não sei classificar, mas ficaram dentro de mim.
Há também o fundão de uma sala, aquecedores e abraços que surgiram no meio do ano. Alguém quieto e engraçado, pelo menos a meu ver, tem o chegado também. Quase esquecendo o louco emo que eu tenho medo (sim tenho medo de um emo ¬¬). E as confusões hilárias das pessoas.
Mas também existem aquelas que estão comigo durante a noite e me fazem cair em um mundo novo.
Tenho paixões espalhadas e levo um pouco de todas em mim. E fiz questão de acabar com uma, mas ainda existe pra mim, ao contrário de outras.
Ganhei quatro bibelôs. Daniel – sapo de pelúcia, o símbolo do masculino, o boné do Dan e a minha Mundica - travesseiro de ‘nêga maluca’. E que não tentem me rouba-los.
Entre uma história e outra, de pessoa pra pessoa, ganhei apelidos. Eminha, eXperiência 06, ninfomaníaca, louca desvairada, coisinha, bruxinha, ursinha de dormir e mais e mais. E apenas amo.
Errei, corri atrás, atentei e cresci.
Perdi uma parte de mim pra agradar. Mas desde quando o que pensam sobre mim tem importância? Apenas um lapso, uma loucura, um momento.
Quatro meses, um amor incomum e uma relação estranha. Uma vontade que ficou por ser realizada. Desenhos, e-mails, descrença, desilusão. Declarações verdadeiras e sem respostas.
Embrutecida, amansada e sentimental.
Dois meses, um amigo e uma paixão. Segui caminhos e esqueci. O tempo passou, as decepções vieram e que agora sejam superadas e a amizade preservada.
Um show e um sonho. Penas pessoas não estar mais entre nós. Mas deixou suas músicas e nela seus pensamentos e sentimentos.
Senti, tive medo, pulei, chorei, fiz drama, sorri e ri. Falei, ouvi, apanhei, cai e levantei. Tive pressa de viver e fome de amar.
E nesse mundo de loucos e estranhos sou apenas mais uma.
FIM DAS DESVARIAÇÕES DE UMA LOUCA DESVAIRADA.

“E eu que já não quero mais ser um vencedor, levo a vida devagar pra não faltar amor.”

Beijocas